Como aplicar a Bandagem Elástica Funcional

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Assim como qualquer outro procedimento fisioterapêutico, antes da aplicação é necessária a avaliação para verificação das possibilidades e indicações do método. Por meio da avaliação postural estática o fisioterapeuta observa desalinhamentos e desvios posturais que podem ser corrigidos pela bandagem.

A avaliação dinâmica também é de fundamental importância e além da marcha devem ser observadas as posturas e gestos utilizados para o trabalho ou os gestos esportivos em casos de pacientes atletas. Além disso, outras avaliações funcionais também devem ser utilizadas, como o teste de mobilidade articular e os testes de flexibilidade e força muscular.

Com a observação desses movimentos será possível concluir o posicionamento e o tensionamento da bandagem, a fim de facilitar e não prejudicar a rotina do paciente. As reavaliações devem ser frequentes e padronizadas, para a observação do progresso do tratamento e para o profissional repensar seus objetivos e condutas, reavaliando a necessidade, o posicionamento e a tensão das bandagens.

Antes de aplicar a bandagem é muito importante o preparo da pele. A região deve ser limpa com álcool e em alguns casos pode ser utilizado um fixador. O leite de magnésio é indicado como um pré aplicador. Se a bandagem for aplicada em regiões com presença de pelos, a tricotomia é necessária para garantir a aderência e a durabilidade do método.

Após a preparação da área o fisioterapeuta corta um pedaço da bandagem de acordo com a região e com o objetivo da aplicação. Não é possível realizar o corte com as mãos, sendo necessária uma tesoura para o procedimento. É importante levar em conta o tensionamento que será aplicado, pois isso aumentará o tamanho final da bandagem.

Com o corte realizado e sem a retirada do adesivo protetor da cola, as bordas devem ser cortadas em formato arredondado, como mostra a figura abaixo. Em aplicações em que um dos lados precisa ser dividido em partes menores, todas essas partes também precisam deste corte arredondado. Esse procedimento facilita a aderência da bandagem na pele, promovendo sua durabilidade.

Com o corte realizado adequadamente, as pontas da bandagem devem ser separadas do centro, por meio de um pequeno corte no adesivo protetor. Essas partes laterais são chamadas de âncoras e servem para a fixação da bandagem, não sendo aplicada tração nessa região. O centro, chamado de cauda, irá receber o tensionamento, de acordo com o objetivo específico do tratamento.

Segue-se então os seguintes passos no momento da aplicação:
O adesivo protetor da primeira âncora é retirado e ela é colocada na região do corpo desejada, sem tensionamento;
O adesivo protetor da cauda é retirado, é aplicado o tensionamento adequado e então ela é colada no corpo;
O adesivo protetor da terceira âncora é retirado e ela por fim também é colada no corpo, sem tensionamento.

Após a aplicação, é necessário esfregar a bandagem, a fim de ativar a cola e promover assim maior durabilidade. Após a aplicação, o terapeuta deve pedir que o paciente realize alguns movimentos funcionais, para observar se a bandagem não está interferindo no conforto ou na funcionalidade do indivíduo.

As aplicações mais comuns estão relacionadas com o reposicionamento articular, a alteração da ativação muscular e a drenagem linfática.
Reposicionamento articular

Em bandagens para o reposicionamento articular é necessário manter a articulação em neutro e não realizar movimentos durante a aplicação. Nos casos em que o paciente não consiga chegar à amplitude neutra (ou que esse seja o objetivo do tratamento) a articulação deve ser posicionada o mais próximo possível do neutro.
Alteração da ativação muscular

Em relação à alteração da ativação muscular, existem dois métodos para a aplicação das bandagens elásticas: um para inibir e outro para ativar a atividade muscular:
Aplicação de distal para proximal

Nesse método a bandagem elástica é aplicada na inserção do músculo e o tensionamento é realizado em direção a origem. Esta aplicação é utilizada para inibir a contração muscular e geralmente indicada para inflamações ou dores agudas. É utilizada em média uma tensão de 0 a 15%.
Aplicação de proximal para distal

Nesse método a bandagem elástica é aplicada na origem do músculo e o tensionamento é realizado em direção a inserção. Este método é utilizado em condições crônicas, para estimular a contração muscular. Tensões de 15 a 100% podem ser utilizadas.
Drenagem linfática

A aplicação de bandagens elásticas com o objetivo de drenagem linfática está sendo cada vez mais reconhecida para o tratamento de pacientes com desordens do sistema circulatório e linfático. Ela pode ser utilizada em casos de linfedemas, edemas em períodos pré-mensntruais e pós-operatórios de cirurgias estéticas.

A técnica deve sempre ser associada com a drenagem linfática manual já conhecida. Como se sabe, em casos de linfedema ocorre o aumento do tamanho dos membros atingidos, em razão da diminuição do bombeamento linfático. Por esse motivo, a bandagem elástica é preferível em relação a não elástica, que não permite a acomodação de acordo com a alteração do tamanho do linfedema.

A fita é aplicada com a primeira âncora próxima ao nódulo linfático a ser drenado, sendo aplicada com um padrão de 0- 15% de tensão. Sua cauda é dividida em diversas partes, que abrem os vasos linfáticos iniciais, permitindo a movimentação e a drenagem de substâncias por todo o sistema linfático, favorecendo a sua absorção.

 
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